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quinta-feira, 2 de novembro de 2023

A ERA DO RÁDIO

   



O rádio foi o principal veículo de comunicação de massa do Brasil entre 1930 e o início da década de 1960. Naquela época, não existia televisão. Computador e telefone celular era coisa de ficção científica, daí nem se sonhava com internet e redes sociais. Havia o telefone fixo, mas era uma novidade acessível a poucas famílias. As notícias demoravam a chegar e eram raras. Quem podia lia jornais, porém quase dois terços da população brasileira era analfabeta. Poucos conheciam o disco, e só se ouvia música quando tocada ao vivo. Afinal, a indústria fonográfica também engatinhava.


A chegada do rádio mudou totalmente essa situação de isolamento. Por meio desse aparelho, milhões de pessoas tiveram acesso a notícias, músicas, radionovelas, programas humorísticos, esportivos e de variedades. Tudo numa velocidade jamais imaginada. Cantores  e compositores encantavam multidões de norte a sul. Mulheres de todas as cidades acompanhavam as radionovelas. As conversas foram enriquecidas por informações que chegavam pelas ondas de rádio. As pessoas se sentiam integradas, tinham um repertório comum de notícias, músicas, fantasias. O rádio criou moda, estimulou debates, transmitiu informações, reduziu a distância entre pessoas, entre países. E se mostrou um poderoso instrumento de propaganda política.


As emissoras de rádio foram financiadas, em sua maioria, pelos produtos de empresas norte-americanas que começaram a chegar para o consumidor brasileiro. Eram os novos produtos industrializados, como sabonetes, cremes dentais, a Coca-Cola e a Aspirina. Para que os brasileiros fossem atraídos para essas novidades, contrataram empresas de publicidade dos Estados Unidos, que investiram nas emissoras comerciais, financiando programas inteiros. O rádio foi um instrumento fundamental de mudança de mentalidade — e do domínio da indústria cultural norte-americana no Brasil.


A emissora mais importante no Brasil, e que se tornaria modelo para as outras, foi a Rádio Nacional, do Rio de Janeiro.


 

sexta-feira, 9 de junho de 2023

OS DIAS DO RÁDIO AM PODEM ESTAR CONTADOS


A gente achava que esse dia não ia chegar, mas parece que depois de um século de serviços o futuro do AM está condenado por conta dos carros elétricos. Calma, vou explicar melhor.

Os fabricantes de veículos elétricos notaram uma interferência estática, com ruídos e zumbidos quando o rádio era ligado na frequência AM.

Os veículos elétricos, não coninterferência estática, com zumbidos e ruídos quando sintonizado na frequência AM e devido esla, Audi, Porsche, Volvo e Volkswagen, decidiram por remover o rádio AM de seus modelos elétricos.

“Em vez de frustrar os clientes com recepção e ruído inferiores, foi tomada a decisão de deixar de lado os veículos que apresentam a tecnologia eDrive”, disse a BMW em um comunicado.

Isso claro, não resulta no fim da frequência, mas com certeza pode abalar o número de ouvintes que vão ter que buscar aplicativos e também irá impactar financeiramente o mercado, tornando-o insustentável. Nos EUA cerca de 47 milhões de pessoas escutam rádio AM e o tempo médio de consumo vinha aumentando nos últimos anos, passando para um pouco mais de 2 horas por dia.

Em entrevista ao Ultimate Classic Rock, Ron January, gerente de operações da estação WATV-AM, no Alabama, disse que a perda dos receptores AM pode ser um movimento “assassino”, explicando que “a maior parte de nosso público ouvinte está no passeio matinal e no passeio vespertino, quando as pessoas estão indo para trabalho e vindo do trabalho – e se não estivermos lá no carro deles, não existiremos.” Diane Newman, gerente de operações e marca da WWL em Nova Orleans, argumentou que o serviço continua sendo essencial nas áreas rurais. “Você tira os rádios AM dos carros e tira uma tábua de salvação, uma conexão quando a comunidade mais precisa de você”.

Edward J. Markey (D-Mass.), senador americano saiu em defesa do AM e enviou uma carta para os mais de 20 fabricantes de carros elétricos Apesar de inovações como o smartphone e a mídia social, a transmissão de rádio AM/FM continua sendo o mecanismo de comunicação mais confiável, gratuito e acessível para os funcionários públicos se comunicarem com o público em tempos de emergência”, escreveu ele. “Como resultado, qualquer eliminação da transmissão de rádio AM pode representar um problema de comunicação significativo durante emergências.”

Ainda que atinja neste primeiro momento apenas nos EUA, sabemos que se esse movimento for consolidado lá fora, em pouco tempo pode chegar até o Brasil, além disso há também o receio de que esse seja o primeiro passo para algo terrível como a extinção de vez o rádio.




Fonte: https://mundolivrefm.com.br/