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. RÁDIO SERESTAS : NEM SE SONHAVA COM TELEVISÃO OU INTERNET

domingo, 28 de maio de 2023

NEM SE SONHAVA COM TELEVISÃO OU INTERNET

A ERA DO RÁDIO O rádio foi o principal veículo de comunicação de massa do Brasil entre 1930 e o início da década de 1960. Naquela época, não existia televisão. Computador e telefone celular era coisa de ficção científica, daí nem se sonhava com internet e redes sociais. Havia o telefone fixo, mas era uma novidade acessível a poucas famílias.

As notícias demoravam a chegar e eram raras. Quem podia lia jornais, porém quase dois terços da população brasileira era analfabeta. Poucos conheciam o disco, e só se ouvia música quando tocada ao vivo. Afinal, a indústria fonográfica também engatinhava. A chegada do rádio mudou totalmente essa situação de isolamento. Por meio desse aparelho, milhões de pessoas tiveram acesso a notícias, músicas, radionovelas, programas humorísticos, esportivos e de variedades. Tudo numa velocidade jamais imaginada. 

Cantores e compositores encantavam multidões de norte a sul. Mulheres de todas as cidades acompanhavam as radionovelas. As conversas foram enriquecidas por informações que chegavam pelas ondas de rádio. As pessoas se sentiam integradas, tinham um repertório comum de notícias, músicas, fantasias. O rádio criou moda, estimulou debates, transmitiu informações, reduziu a distância entre pessoas, entre países. E se mostrou um poderoso instrumento de propaganda política. As emissoras de rádio foram financiadas, em sua maioria, pelos produtos de empresas norte-americanas que começaram a chegar para o consumidor brasileiro.

Eram os novos produtos industrializados, como sabonetes, cremes dentais, a Coca-Cola e a Aspirina. Para que os brasileiros fossem atraídos para essas novidades, contrataram empresas de publicidade dos Estados Unidos, que investiram nas emissoras comerciais, financiando programas inteiros. O rádio foi um instrumento fundamental de mudança de mentalidade — e do domínio da indústria cultural norte-americana no Brasil.

 A ERA DO RÁDIO / TECNOLOGIA Para que a comunicação via rádio acontecesse, eram necessários dois aparelhos: os transmissores, para difundir a programação, e os receptores, que eram como caixas com um alto-falante embutido, necessários para que os ouvintes acessassem as transmissões. No início, as estações de rádio eram uma espécie de clube, no qual os sócios dividiam as despesas e transmitiam o que queriam. A primeira estação de rádio do Brasil foi a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, criada por Edgar Roquette-Pinto e Henrique Morize e inaugurada em 7 de setembro de 1923, na sede da Academia Brasileira de Ciências. Daí até 1930, quinze emissoras foram criadas no Rio de Janeiro, São Paulo e em outras capitais. 

Mas manter uma estação de rádio era caro, e o governo não permitia a publicidade explícita na programação. A tecnologia do rádio teve um grande desenvolvimento a partir dos anos 1930. Os preços diminuíram, e a qualidade e o alcance das transmissões cresceram muito. Os aparelhos ainda eram grandes, pesados, precisavam ser ligados à tomada para funcionar, e mesmo assim as vendas aumentaram, o que fez crescer o número de emissoras — só entre 1931 e 1940 surgiram 59. O rádio permitiu a todos os brasileiros, alfabetizados ou não, de norte a sul, partilhar as mesmas músicas, os mesmos ídolos, os mesmos folhetins, as mesmas notícias. O patrocínio das multinacionais, financiando programas e investindo na publicidade, teve resultado: os brasileiros adquiriram novos hábitos de consumo, expressões de sociabilidade. O rádio mudou o Brasil. Fonte:memoriadademocradia.com.br

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